terça-feira, 29 de março de 2011

ENSAIO (1)

Pessoas, publico abaixo o primeiro ensaio, que pode (ou não) ser o único a ser divulgado por aqui.

A ideia para se compor o pequeno ensaio surgiu a partir de um convite de Gabriela Canale, umas das responsáveis pelo saite Multigrafias.

Gabriela, não sei como, chegou até minhas fotos. Entrou em contato e me pediu um breve ensaio. Com a ideia na cabeça, fui até o centro da cidade e fiz as fotos no sábado (27/03).

Algumas das imagens abaixo foram publicadas também no Multigrafias. Agradeço à Gabriela pela publicação, bem como por ter feito com que eu buscasse uma temática diferente da que geralmente fotografo, que é a fauna e a flora do Cerrado.
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Moro em Patos de Minas, cidade de cem mil habitantes. A intenção do breve ensaio é mostrar que o progresso criou uma linearidade feia, composta de veículos, prédios, fios e asfaltos.

Essa linearidade faz com que a peculiaridade das cidades se dilua. As fotos foram tiradas em Patos de Minas, é verdade, mas tanto faz se eu dissesse que foram tiradas, por exemplo, em Feira de Santana ou em Londrina.

As pequenas cidades (é o caso da minha) já têm, ainda que em menor proporção, os elementos urbanos que compõem a geografia das grandes metrópoles. Em meio a esse mar de concreto, em que uma cidade qualquer pode se passar por qualquer cidade, dilui-se também, em meio aos caminhantes, a individualidade dos que passam.


 

  

 

 

 

 

 

11 comentários:

Lizandro Júnior disse...

Ai sim Lívio! Já estava com saudades das suas fotos! Você precisa sair mais e fotografar a cidade!

Lindas fotos!

Lívio Soares de Medeiros disse...

Ando meio preguiçoso, Lizandro, mas obrigado por conferir.

Bruna Caixeta disse...

Lívio, no ensaio, tem um certo desânimo melancólico seu ao falar das consequências da "metropolização" das cidades (seja em Patos ou outra qualquer), não é?! Ou não é nada disso; é só impressão minha?

Como for, achei muito bonitas e pensadas as "fotoensaios". Exemplo, vou arriscar dizer, do trato da dissolução da individualidade por meio de fotos sem mostrar as pessoas de corpo inteiro.

Abraços.

Unknown disse...

Gostei das fotos Lívio, sucesso pra você, e larga de preguiça! kkkk :)

Lívio Soares de Medeiros disse...

Bruna, há, sim, um certo desânimo.

Quanto a mostrar as pessoas, digamos, pelas metades, isso não se deveu ao fato de eu ter pensado na dissolução. Mas gostei de sua interpretação.
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Combinado, Isabella: vou deixar a preguiça de lado.

Nélio Lobo disse...

O preto e branco caiu como uma luva, emprestando à obra um tom de nostalgia. Também gostei bastante do ponto de vista de um inseto. Parabéns!

Lívio Soares de Medeiros disse...

Pois é, Manoel, o ponto de vista é... rasteiro...

Ismael disse...

O Lívio, bacana demais o ensaio. Respeito e admiro o seu gosto por fotografar o poético cerrado, mas não posso deixar de reforçar os pedidos de que vc faça e publique outros temas quando a sua agenda permitir. Pense nisso.
Abraço.

Lívio Soares de Medeiros disse...

Grande Ismael, valeu mesmo pela sugestão, que vou procurar seguir.

Abração.

Cléria Hamada disse...

Lívio,adorei suas fotos,sou uma amante dessa arte,mas não a coloquei em pratica.....ainda!
Obrigada pelo convite de visitar seu blog,gostei muito!

Lívio Soares de Medeiros disse...

Olá, Cléria, fico contente em saber que você gostou das fotos.

Quanto ao ato de fotografar, não deixe mesmo de colocá-lo em prática.

Valeu.